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A Umbhanda é um rio que corre com as forças do tempo. Não é um rio estagnado, mas também não é uma folha seca levada pelo vento. Suas águas têm direção, têm força, têm fundamento. E ainda que os olhos dos despreparados vejam apenas a superfície, quem se banha em suas correntezas conhece a profundidade, sente a energia pulsante, entende a ancestralidade que se perpetua e se renova sem jamais se desviar de suas raízes.
Muitos falam que a Umbhanda mudou, que se perdeu, que não é mais como antes. Mas eu pergunto: quem está perdido, a Umbhanda ou os que deixaram de compreendê-la? Pois a Umbhanda é um ciclo, uma jornada de aprendizado e renovação. Há os que chegam movidos pela curiosidade, pelo modismo ou pela busca de respostas fáceis, e esses partem com a mesma velocidade com que vieram.

Mas os que se firmam, os que sentem na alma o chamado dos Orixás, os que se entregam com verdade e propósito, esses se tornam parte do próprio fluxo.
A modernidade é inevitável, e a adaptação é necessária, mas sem fundamentos não há caminho, e sem respeito não há tradição.
Quem busca apenas a comodidade ou se perde na vaidade da superficialidade acaba distanciando-se da essência e, sem perceber, caminha como folha seca ao sabor dos ventos, sem direção, sem identidade, sem raízes. Mas a Umbhanda verdadeira não se perde, porque é enraizada no axé dos Orixás, nos saberes ancestrais, na força de seus rituais e fundamentos.
Há aqueles que criticam, que veem apenas falhas e apontam erros. Falam que os terreiros não são mais os mesmos, que os médiuns não têm mais compromisso, que a tradição está se diluindo. Mas essas são palavras de quem não compreendeu que a Umbhanda é um organismo vivo, que respira, que se adapta, mas que nunca abandona seu próprio espírito.
Os verdadeiros filhos da Umbhanda sabem que as transformações fazem parte do caminho, mas também sabem que não se pode confundir mudança com desvio. O ajuste é necessário, mas deve ser feito com responsabilidade, com estudo, com comprometimento. O alicerce continua sendo a fé, o respeito, a verdade e a justiça.
E assim, os ciclos se cumprem. Os que saem por conveniência, retornam por aprendizado. Os que julgaram sem conhecer, voltam para pedir orientação. E os que um dia se afastaram, mas sentiram o chamado da ancestralidade, retornam com o coração repleto de humildade, prontos para recomeçar com um olhar renovado.
Portanto, não há espaço para discursos pessimistas. A Umbhanda é mais forte do que qualquer opinião, mais resistente do que qualquer previsão negativa. Ela permanece viva porque não pertence a um homem, a um grupo ou a uma época. Pertence à espiritualidade, aos Orixás, à força da Terra e do Cosmos.
Aqueles que dizem que a Umbhanda está se perdendo são os mesmos que pouco fazem para mantê-la firme. Mas quem realmente vive a Umbhanda, quem caminha com os Orixás, sabe que não há razão para medo ou insegurança. A verdadeira liderança é aquela que ensina pelo exemplo, que preserva os fundamentos, que transmite a essência sem se prender às ilusões do tempo.
Que possamos ser parte desse caminho de consciência e crescimento. Que possamos caminhar com os pés fincados na terra e a cabeça voltada para o infinito, sabendo que a Umbhanda de ontem, de hoje e de amanhã sempre será Umbhanda, pois seus alicerces foram cravados no coração dos Orixás.
Que Oxóssi nos guie com sua sabedoria, que Iansã leve embora a ignorância com seus ventos, e que Oxalá nos envolva na paz que só os justos conhecem.
Eu sou Mestre Kaluanã, Sacerdote Umbhandista e Juremeiro. Meu agradecimento a todos que chegaram até aqui! Se esse artigo tocou seu coração, curta, comente e compartilhe. Meu saravá a todos! www.umbhanda.com.br
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