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Exus na Umbhanda e Superando Preconceitos

Ao longo da história, a presença de Exus nas danças africanas nas senzalas causou perplexidade nos brancos, que erroneamente interpretavam essas manifestações como saudações aos Santos.


Exus na Umbhanda e Superando Preconceitos

A incorporação de Exus, marcada por brados e um comportamento extrovertido, levava os brancos a acreditar que os negros estavam possuídos por demônios, resultando em agressões e afastamento. Essa associação equivocada foi reforçada quando os brancos tomaram conhecimento dos sacrifícios oferecidos a Exu, solidificando a ideia de que essa incorporação era ligada a demônios. As cores associadas a Exu também contribuíram para os medos e fascinações, alimentando a associação indevida entre os demônios judaico-cristãos e os Exus africanos. Essa visão distorcida ganhou popularidade ao longo do tempo, especialmente entre pessoas mentalmente e espiritualmente perturbadas. Médiuns despreparados, anímicos ou perturbados começaram a receber Exus que se apresentavam como demônios. Alguns autores umbhandistas do passado, carentes de conhecimento ou ignorantes, contribuíram para essa confusão ao criar tabelas associando Exus a nomes cabalísticos de diabos. Comerciantes inescrupulosos, movidos pela ignorância, criaram imagens de Exus como diabos, reforçando a ideia de que Exu era equiparado ao diabo ou a algo maligno. Essa representação estranha e assustadora, com chifres, rabos e partes de animais, contribuiu para a construção do estereótipo Exu = Diabo na mente de muitos. Atualmente, casas de Umbhanda estão repudiando essas imagens e condenando seu uso, assim como criticando médiuns e entidades que se manifestam de maneira distorcida nos terreiros. No entanto, o estigma persiste, influenciando mentes mais fracas e sendo explorado em programas de televisão religiosos. É crucial compreender que Exu na Umbhanda não é o diabo. As casas de Umbhanda, guiadas pelo conhecimento e orientação dos verdadeiros Exus, buscam desfazer esses estereótipos. Correntes religiosas que promovem o medo e a culpa, atribuindo as mazelas às entidades umbandistas, perpetuam a ignorância e o preconceito. Exu, na verdade, combate o mal com justiça e equidade, distante da caricatura que erroneamente associaram a ele. MESTRE KALUANÃ – SACERDOTE UMBHANDISTA E JUREMEIRO

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