A escravidão no Brasil, que perdurou de 1530 a 1888, marcou uma era de profunda desumanidade, mas também deixou um legado cultural e espiritual que reverbera na Umbhanda. Nesse contexto, a escravização desordenada e em massa de africanos de diversas nações trouxe consigo uma miscelânea de crenças religiosas, moldando as bases da espiritualidade brasileira.
Entre os fatores marcantes desse período, destacam-se:
Mistura de Cultos e Nações: A diversidade de origens africanas, como Angola, Congo, Bantos, Nagô, Quêto, Malê, entre outras, resultou em uma rica tapeçaria de crenças e rituais.
Ausência de Mestres de Culto: A falta de sacerdotes entre os escravizados dificultou a transmissão completa dos rituais e tradições religiosas.
Fugas e Quilombos: Em resposta à opressão, muitos africanos fugiam, formando quilombos e preservando suas práticas culturais e religiosas.
Formação de Bandas: Grupamentos de negros e índios, unidos por crenças comuns, criaram suas próprias comunidades e formas de expressão espiritual.
Sincretismo com o Catolicismo: A imposição do catolicismo pelos colonizadores portugueses levou ao sincretismo entre os Orixás africanos e os Santos da Igreja Católica.
Sabedoria Indígena: Diante da falta de elementos rituais africanos, os escravizados incorporaram a sabedoria indígena, utilizando a magia do sertão e as ervas medicinais brasileiras.
Estas são algumas, com o tempo iremos formatando e trazendo os complementos para uma melhor construção e entendimento.
Obrigado pela sua tenção e siga na leitura de outras postagens e novos artigos.
MESTRE KALUANÃ – Sacerdote Umbhandista e Juremeiro
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